Vocês está tendo os cuidados necessários?

Amigos,

Ontem estive com meu amigo Renatho Siqueira e ele me relatou um incidente que ocorreu no último fim de semana. O ocorrido? O de sempre: Ele estava distraído, mexendo no celular na beira de uma calçada no bairro da Tijuca e um bandido em uma bicicleta passou e furtou o celular.

Por que eu estou relatando isso? Estou tentando explicar para as pessoas que o principal interesse desses tipos de criminosos deixou de ser simplesmente o aparelho. Não estamos mais lidando com o “ladrão de galinha”, ou seja, aquele tipinho de bandido que vai até uma “boca de fumo” qualquer trocar o aparelho subtraído por drogas.

O principal objetivo dessa nova geração de criminosos são os dados que o seu aparelho contém. Por isso, fazem uso do “efeito surpresa” para roubar o celular desbloqueado. Quando eles conseguem, isso significa que ultrapassaram 50% do caminho para atingirem seus objetivos.

Desses objetivos, os principais são:

• Acessar contas bancárias para fazer transações (pix, empréstimos em seu nome, etc);
• Acessar aplicativos de transações financeira (paypal, picpay, etc);
• Acessar contas de e-mail para recuperação/redefinição de senhas;
• Acessar listas de contatos para extorsão dos mesmos.

Quem já foi vítima desse tipo de crime no qual o bandido obteve sucesso, conhece bem todos os transtornos que isso proporciona. Então, na condição de especialista em segurança da informação, sinto-me na obrigação de deixar 7 (sete) valiosas dicas:

1ª – O básico: Senhas de desbloqueios devem ser DIFÍCEIS. Isso mesmo: DIFÍCEIS, ou seja, conter pelo menos 8 caracteres, sendo letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais (símbolos). Tem muita gente que usa uma senha fraca (4 dígitos numéricos) alegando que precisa desbloquear o celular rapidamente em alguns casos. Essa “facilidade” é uma falha de segurança grave.

2º – Coloque um PIN no seu CHIP. Isso impede que o criminoso coloque o seu chip em um outro aparelho para extrair dados. Pois esse PIN sempre será solicitado para ativá-lo a cada vez que o aparelho é ligado/desligado ou o chip é reinserido.

3ª – NUNCA, JAMAIS tenha suas senhas anotadas em “blocos de notas”, aplicativos de anotações, mensageiros ou listas de contatos. Os criminosos IRÃO PROCURAR POR ISSO.

4ª – Tenha um celular do tipo “cabeçudinho/celular do idoso” em casa com um outro chip/número. É ESSE NÚMERO que deve está vinculado aos bancos e aplicativos de transações financeiras, NUNCA O SEU NÚMERO que está em seu aparelho. O motivo? TOKENS SMS são utilizados para recuperação/redefinição de senhas. O criminoso pode redefinir a sua senha se tiver acesso a esse token e acessar sua conta.

5ª – Tenha uma conta de e-mail exclusiva para vincular aos bancos e demais aplicativos de transações financeiras. Essa conta NÃO DEVE está atrelada/vinculada ao seu celular. Deve ser uma conta que você acesse somente de casa, do seu computador/notebook. O motivo? O mesmo da dica anterior. Alguns bancos enviam tokens para redefinição de senha por e-mail.

6ª – Para aplicativos de comunicação pessoal (WhatsApp, Telegram, Signal, etc), tenha sempre configurada a autenticação em duas camadas/etapas. Isso dificulta o uso/ativação das contas por parte dos criminosos para extorquirem seus contatos.

7º – Faça um ROTEIRO do que fazer caso esse incidente ocorra, mesmo tomando todas as medidas. Tenha a mão os números dos bancos que você tem que ligar para bloquear/cancelar as contas, o número das operadoras de cartão de crédito/débito e os números das primeiras pessoas que você deve informar que o seu celular foi roubado. Afinal de contas, você vai estar nervoso(a) depois do incidente, o que vai deixar esses passos muito mais difícil.

Eu garanto que, seguindo essas dicas você vai aumentar 85% o nível de segurança contra os transtornos decorrentes desses crimes.

Passe essas dicas para frente, compartilhando ao máximo esse artigo. Vai ajudar muitas pessoas.